1 – ESPANHA – Borsao – Garnacha – Campo de Borja – Tinto – World Wine – R$ 42 (comprar a caixa)

2 – ESPANHA – Flor D’Englora – Garnacha – Montsant – Tinto – Wine – R$ 50

3 – ESPANHA – Ámphora – Garnacha – Campo de Borja – Tinto – Mistral – R$ 54

4 – BRASIL – Quinta da Neve – Cabernet – Sta. Catarina – Tinto – Essen – R$ 43 (Florianópolis)

5 – BRASIL – Fausto Brut – Chardonnay – Serras Gaúchas – Espumante – Mercado – R$ 47

6 – PORTUGAL – Burmester – Touriga Nacional – Douro – Tinto – Wine – R$ 50

7 – PORTUGAL – Aveleda – Arinto – Vinho Verde – Branco – Mercado – R$ 50

8 – FRANÇA – Gérard Bertrand Gio – Garnacha – Roussillon – Rosê – Wine – R$ 54

9 – FRANÇA – L’Ostal Cazes – Shiraz – Pays – Rosê – Wine – R$ 50

10 – ITÁLIA – Monte Guelfo – Sangiovesi – Chianti – Tinto – Wine – R$ 45

amphora

Minha primeira lista semestral de vinhos que custam menos de R$ 55 nasceu em 2012. E desde então, em maio e novembro busco repetir a dose com base no que bebemos nos seis meses anteriores. Hoje percebo que era fácil fazer o exercício, sobretudo porque boa parte do que estava presente na primeira edição está sendo comercializada hoje por mais de R$ 100 no país. Nas duas ou três últimas edições reclamei bastante de impostos, preços e dificuldades para compor a relação. Mas dessa vez percebi que a crise fez os vendedores se adaptarem. E tenho pra mim que isso ocorreu em duas direções: reduziram margens e foram buscar vinhos em outras regiões do mundo. A lista desse semestre, que deveria ser lançada dia 01 de novembro, contém novidades em relação a edições passadas – por mais que também traga velhos conhecidos.

Entre os países, destaque para a Espanha, com três rótulos, todos à base de Garnacha, deixando a Tinta del País, ou Tempranillo, de lado – gosto muito dessas duas uvas. Aqui se destaca a região Campo de Borja, menos conhecida, mas honesta – rendeu até post recente.

O Brasil trouxe dois vinhos, e justamente representando o que mais gosto no país: os espumantes dos gaúchos e os tintos dos catarinenses. Assim não tem briga! Portugal, Itália e França completam a lista, com destaque absoluto para o velho mundo. Quem disse que só tem vinho do Chile e da Argentina a bons preços no Brasil? Esqueça! Desde a lista de novembro de 2015 que essas duas nações não aparecem – em maio do ano passado surgiu um chileno e um argentino. Esse capítulo das nações é importante de ser fechado com os dois rosados da França: belos e refrescantes.

Voltando às regiões, um Chianti, um Douro e um MontSant mostram que nem só de novidades e locais desconhecidos vive a lista. Em torno das uvas, a Garnacha reina, mas a variedade é bacana. Em relação ao tipo de vinho, fico feliz ao fazer uma listagem com opções de branco, espumante e dois rosados. Ótimos para o verão que vem chegando.

Por fim, os fornecedores de tais bebidas. E aqui temos alguns macetes que tornam os vinhos mais baratos e os colocam na faixa de preço limite de nosso jogo semestral – os R$ 55. A Essen fica em Florianópolis e negocia ótimos preços com os produtores locais – fica a dica. E na Wine, que reina na lista, cliente Itaú Personnalité tem bons descontos. Assim: baratear dá trabalho, mas nos coloca no alvo. Ademais, dois vinhos encontrados em supermercados e duas tradicionalíssimas casas de vinho que mostram que podem vender ótimos rótulos acessíveis – a Mistral, com o delicioso Ámphora, e a World Wine, onde o Borsao mais simples tem que ser comprado em caixa para atingir o excelente preço.

Desfrute, prove e sugira vinhos nesses valores. Como sempre digo: entrar na loja e comprar vinho de R$ 200, quando se conhece o que gosta, é fácil. O desafio é gastar “pouco” e beber algo honesto. Saúde!