Já fiz um texto semelhante a esse em maio, quando completei 41 anos. E agora repito a dose com a Ka. Foi dia 15 de outubro, e até esqueço que nessa data também deveríamos comemorar o dia do professor – carreira que abracei em 1999 pra nunca mais largar.

O que tomamos nos aniversários mais recentes da Ka? O que efetivamente valeu a pena? Vou me ater exclusivamente ao dia 15 de outubro, o que exclui alguns vinhos geniais de amigos e amigas que sempre nos reservam iguarias divinas. Por exemplo, em 14 de outubro desse ano tomamos em casais um Pinot Noir da Califórnia pra ser encarado rezando. Um Belle Glos cuja garrafa, sozinha, já é uma obra de arte. Em 2011, dia 16 de outubro, até Alión teve numa festa que demos em casa. Mas vamos ficar em 15 de outubro!

Em 2012 saímos para jantar num bistrô da Vila Madalena e tomamos um Jean-Luc Colombo (La Violette), da uva Viognier – trazido para o Brasil pela Decanter, deve custar pouco mais de R$ 100. Um vinho correto que harmonizou muito bem com pratos leves e delicados à base de peixes. A casta nos agrada demais e produz ótimos vinhos na França, apesar de ser digno de nota o Viognier da casa argentina Escorihuela Gascón (R$ 73 na Grand Cru).

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Em 2013, vinho branco novamente. E dessa vez um Bouchard Père & Fils da Borgonha, obviamente à base de Chardonnay que estava bastante agradável. Visitamos o escritório da vinícola em Beaune, na França, uma propriedade muito elegante. E trouxemos esse exemplar do Dutyfree de São Paulo – na Grand Cru custa menos de R$ 130. Nada que vá deixar tantas saudades, mas certamente um vinho correto.

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Já em 2014, num restaurante espanhol bastante simples e agradável, tomamos um Marqués de Tomares. Primeiro tinto da lista, trata-se de uma casa correta de Rioja, com 90% de Tempranillo, cujo exemplar chega ao Brasil por mais de R$ 80 hoje na Wine Store. Vinho simples, correto, que casou bem com o ambiente e o cardápio.

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Em 2015 e 2016 os principais vinhos do dia foram espumantes, mais especificamente um par de legítimos Champagne. Em 2015 não participei da festa. Estava voando para Espanha enquanto a Ka comemorava com primos nossos em Paris. Chique! Mas eu queria ter estado junto. Paciência. Pelo que entendi a Bernard Bremont não é comercializada no Brasil. Mas a Taittinger – brut réserve do jantar do dia 15 de outubro desse ano estava divino – na Todo Vino por R$ 400. Na companhia de amigos especiais foi uma escolha à altura da ocasião, depois de um dia na piscina tomando espumantes catarinenses e o vinho azul da Espanha, sobre os quais falaremos em outras ocasiões. Um brinde muito especial à Ka, a chefe do Misturinhas e de todos os instantes de minha paixão!

ttg