Comprar vinho me alegra. Gosto de entrar na loja, conversar, falar sobre o assunto, ouvir coisas bacanas dos vendedores, e por vezes interagir com outros clientes. Vinho não é social apenas com a garrafa aberta; é assunto que une pessoas, uma agenda positiva que diverte e carrega cultura.

Tenho muitos amigos viajados e estudados no assunto, as conversas com eles são sempre muito agradáveis. E é muito legal quando descobrimos pessoas com as quais nos relacionamos que carregam o vinho como ponto de alegria. Dia desses, em Brasília, descobri que uma amiga querida tem até uva predileta (Petit Verdot) e viagens pelo universo mais saboroso que existe. Pensa na minha vontade de promover um encontro entre casais envolvendo ela, o marido e a Ka! Genial! Tenho certeza que um dia vai acontecer.

Pois bem: se comprar vinho satisfaz pelo evento, fazer isso bem atendido é algo ainda mais especial. Isso as lojas buscam garantir, mas não é sempre que a energia bate. Gosto de vendedor correto, que não diz, por exemplo, que um vinho de R$ 50 que você está segurando é bom, mas gostoso mesmo é aquele ao lado de R$ 350. Isso flerta com o óbvio, e cansa. Mas vamos melhorar essa história. Vamos entender porque estou falando em comprar vinho numa lógica ganha-ganha.

Presto serviço para uma grande empresa, e o estacionamento deixou de fazer parte do pacote de concessões – o café continua vivo, graças a Deus! Abaixo do edifício três horas de garagem saem por quase R$ 50. E aí vem a alternativa mais especial. A loja de vinhos no térreo tem cortesia no estacionamento. Pra completar, a Josy Sena sabe me atender: com bom humor, conhecimento e percepção do meu lado economicamente contido. Pronto! Que tal uma reunião por mês com direito a uma passadinha na loja para comprar ao menos uma boa garrafa de vinho com isenção de estacionamento? A prática é combinada e consciente, ou seja: não se trata de malandragem, mas sim de um bom acordo ganha-ganha. E nada de jeitinho, ou seja: nunca vou pedir um carimbo no ticket sem consumir. Assim: pare seu carro, compre vinhos e saia feliz. Claro que compro mais de R$ 50 em vinhos, mas converter pedágio urbano em bebida é algo genial.

E para não deixar de tratar do que tenho bebido da World Wine, para além dos deliciosos Garzon, esse ano adquirimos duas boas surpresas. O australiano Duck Shoot, Pinot Noir, foi trazido de uma bela promoção – por sinal, os saldos de começo de ano dessa loja são imperdíveis. Depois, mais recentemente, o Pour Ma Gueule, projeto chileno de enólogos que resolveram sair da caixa e criaram vinhos muito especiais. O Riesling estava extremamente gostoso, e bem diferente do convencional. Entregou uma bebida leve, discreta e com mineralidade que se sobressaiu à doçura esperada da uva. Tão especial que fui pesquisar sobre a casa e já comprei mais um de seus vinhos. Em breve, vai valer post especial. Saúde-saúde, na base do ganha-ganha.

DS PMAG

Fonte: CarpeVinum e Liberty Wines (respectivamente)