Não se trata de um evento popular, até porque infelizmente estamos longe de popularizar o vinho no Brasil a despeito de esforços louváveis e do aumento no número de interessados nessa bebida mágica. Mas a sala de provas não estava tomada por produtores caríssimos, importadoras seletivas e vinhos inacessíveis. Pelo contrário. Não faltavam opções para diferentes bolsos, o que obviamente dividiu nossa aventura em dois objetivos: conhecer novidades econômicas, e provar vinhos que dificilmente teríamos recursos pra comprar aos montes.

O ambiente do JK Iguatemi estava muito bem organizado, e a lógica do evento é inteligente. O salão de provas contava com quase 60 produtores, e o público tinha cerca de duas horas para ficar andando entre as pequenas mesas. Obviamente não havia como conhecer tudo, mas deu pra ver muita coisa bacana nessa edição. Ademais, espaços alternativos no evento tinham arte, venda de vinhos e acessórios, palestras e experiências. Genial. Pra completar, uma área externa num lindo dia de sol. Que delícia.

Esse post é exclusivo para o que provei de melhor na Vinhos de Portugal 2019 com a Ka. E posso garantir: bastante coisa boa. Vamos lá, por tipo de vinho, aproveitando para colocar o preço:

 

Rosê: foram dois belos vinhos, que passam longe daquele rosados mais intensos e brutos de alguns anos atrás. Portugal está produzindo bem esse tipo de bebida.

  • Encosta do Vale Galego – será encontrado em Florianópolis (Joaquina) e em Brasília
  • Casa Amarela – com Tinta Roriz e Touriga Franca. Por R$ 118,00 na Wine2All

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Fonte: Garrafeira Nacional

Espumante: não é tão comum para nós beber esse tipo de vinho português. Mas Luís Pato faz uma bebida muito agradável, e quando cheguei à casa Mateus para relembrar o vinho rosado com borbulhas do Ano-Novo ela havia terminado. Uma pena. Aqui destaco apenas um vinho desse tipo.

  • Quinta D’Amares, 100% Arinto, muito seco. Pode ser encontrado no Oba Hortifruti.

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Fonte: Casa dos Vinhos

Branco: os portugueses estão encantados com a Encruzado, sobretudo os estudiosos do Dão. Eu gosto de Antão Vaz, e tive a chance de conhecer essa casta do Alentejo em bebida monocasta. Ademais, a Alvarinho lá estava, brilhante, exuberante, absoluta e simpática como sempre.

  • Covela Avesso reserva e Covela Reserva branco (R$ 238,00), os melhores do evento. Dois espetáculos da Wine Brands.
  • Luís Pato, 100% da casta Maria Gomes. A história da uva é ótima. Por R$ 95 na Mistral.
  • Herdade do Peso – Sossego, com 75% de Antão Vaz. Por R$ 106,00 na Zahil
  • Titular, 100% da casta Encruzado, a queridinha do Dão. Por cerca de R$ 120 no Oba Hortifruti (bela presença)
  • Casa Amarela reserva, uma boa combinação de uvas do Douro. Por R$ 158,00 na Wine2All
  • Da Peceguina, 100% Antão Vaz – e eu estava ansioso por isso. Por R$ 157,00 na Bebida on Line
  • Quinta D’Amares (nenhuma relação com a Ministra), 100% Alvarinho. Por R$ 65,00 no Oba (ótimo preço)
  • Palato do Côa – vinho que ainda vai chegar, com promessa de preço inferior a R$ 60. Boa pedida!

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Fonte: Mambo

Tinto: não foram poucos os bebidos, mas vários deles óbvios demais e como conheço bastante vinho tinto de Portugal, impressionar é difícil. Ainda assim, encontrei duas coisas muito bacanas, de diferentes casas que destaco abaixo.

  • Titular, 100% da casta Alfocheiro, apelidada de Pinot Noir lusitana. Por cerca de R$ 135 no Oba Hortifruti
  • Da Peceguina, 100% Aragonez, versão alentejana da Tempranillo. Que belíssimo vinho. Por R$ 259,00 em O Empório

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Fonte: Garrafeira Soares

Pela lista começo a desconfiar que assim como no caso do Uruguai, eu amo os BRANCOS de Portugal – a despeito dos tintos maravilhosos. Saúde! E que venha 2020 e mais uma Vinhos de Portugal.